Esta mensagem foi
produzida a partir da lição trabalhada na Classe do Jovens, na
Escola Bíblica Dominical, no último domingo, dia 29/03, e traz
considerações importantes a respeito de namoro.
Antes de falarmos de
namoro, precisamos conceituar alguns aspectos importantes a respeito
do namoro:
1º – A Bíblia não
apresenta nenhum texto que trate diretamente sobre namoro;
2º – A Bíblia trata
sobre casamento e noivado;
3º – Namoro é uma
realidade na nossa comunidade;
4º – Existem textos
orientadores na Bíblia que podem ser aplicados ao namoro, de forma
que este seja agradável a Deus.
Para compreendermos
como devemos nos conduzir em um namoro, podemos comparar este a uma
estrada. Imagine uma estrada, compondo uma bela paisagem, pois bem,
essa paisagem pode ser a sua vida, e o namoro essa estrada, que está
presente em sua vida. Qualquer que tenha sido a estrada que você
tenha imaginado, ele deve ter dois pontos importantes, ou então não
faria sentido ela existir. Toda estrada tem um ponto de partida e um
ponto de chegada, e assim deve ser o namoro. Inevitavelmente todo
namoro tem origem em um sentimento, o mais comum é que esse
sentimento seja a paixão, aquela avassaladora, que quase sufoca se a
pessoa “amada” não está por perto. A paixão é inevitável,
somos biologicamente programados para nos apaixonarmos uns pelos
outros, mas algumas paixões são diferentes, algumas são mais
intensas, geralmente pelo sexo oposto, e aí, quando acontecem, nos
vemos enamorados, e coraçõezinhos saltam dos nossos olhos, e temos
borboletas no estômago e tudo fica mais doce, e também mais
demorado, principalmente o tempo que falta para encontrar o causador
da paixão. Pronto, cenário perfeito para o início de um namoro,
principalmente se a paixão for correspondida.
Outro sentimento que
também pode sugestionar o início de um namoro é o desespero, menos
comum de ser assumido, mas muito utilizado. Desespero é o sentimento
de quem perdeu a esperança, de quem perdeu a paciência, de quem
está tão ansioso que esquece o que está escrito em Sl 139: 16 –
Todos os meus dias foram escritos e determinados, antes que nenhum
deles existisse. Pode ser tão frustrante ver todos os amigos e amigas
encontrando um “amor”, que a pessoa está realmente disposta a
embarcar em qualquer relacionamento, só pra não ficar sozinha.
Há ainda, quem comece
a namorar por vingança, numa tentativa desesperada de pagar o “mal”
com “mal”: - Ele (ou ela!) não me quis, tudo bem! Vou arrumar
outro(a) primeiro, ele(a) vai ver o que perdeu! Isso é também é
contrário ao que diz a Palavra em Pv 20:21 – Não digas
vingar-me-ei do mal, espera no Senhor e Ele o livrará.
Voltando para a
comparação da estrada, um namoro que começa com desespero é como
uma estrada que tem seu início em um pântano, úmido, cheio de
lama. A chance de você ficar preso nessa estrada é muito grande, e
pode nunca chegar a lugar algum se permanecer nela. O namoro que
começa com vingança pode ser comparado a uma estrada que começa a
ser trilhada à noite, no meio de uma tempestade, sem iluminação
alguma, com visibilidade zero. Este também não é um bom início, e
você também corre um sério risco de ficar pelo meio do caminho.
A paixão parece ser a
melhor condição para se começar um namoro, mas cuidado! O termo
paixão tem origem no latim passio, que
quer dizer sofrer. Isso quer dizer então que todo namoro começa com
sofrimento? Não! Muito pelo contrário, o que causa o sofrimento no
começo do namoro é o “não estar junto”, é o medo de perder, e
outras coisas intrínsecas à paixão.
Pois
bem, já temos um início da nossa estrada, já podemos começar a
caminhada! Não, ainda não! Antes é preciso desconstruir um
pensamento “gospel” que permeia a maioria dos inícios de namoro,
o tão famoso “orar para namorar”. O que significa isso? Significa
que um casal de pombinhos, apaixonados, resolveram pedir a Deus
confirmação se o namoro dos dois é da Sua vontade. Mas convenhamos,
dois apaixonados, pedindo que Deus confirme em seus corações, o que
é a Sua vontade? Confirmar no coração, justo no coração, aquele
que Jr 17:9 diz que é enganoso e desesperadamente corrupto? É muito
difícil, praticamente impossível, alguém ouvir um “não” de
Deus nestas circunstâncias. Gente, a paixão cega e ensurdece! Até
um casal de pombinhos no céu, ou borboletas servirão de confirmação
para o início do namoro. Quer orar para começar um namoro, e isso é
muito bom, seja sincero com Deus. Ele sabe o que você sente, mas
seja sincero, diga: Senhor, eu gosto dela(e), acho que ela(e) gosta
de mim! Eu quero namorar com ela(e), que me parece uma boa pessoa,
por favor, abençoe nosso namoro! Pronto, Deus está sempre pronto a
abençoar o que fazemos, quando isto está de acordo com a sua
Palavra.
Vamos
enfim começar nossa viagem pela estrada? Não, ainda não! Como
podemos começar a caminhar se ainda não temos um destino. Para onde
vamos? Qual deve ser o destino de um namoro? O destino do namoro,
assim como de toda a nossa vida deve ser a vontade de Deus! Mas qual
é a vontade de Deus para o relacionamento amoroso dos seus filhos?
Isso mesmo, o casamento! Lembre-se, é por meio do casamento que Deus
constitui o seu plano de relacionamento pra nós: a família. Ihhh, e
agora, vou ter que me casar com quem eu namorar? Não é bem assim,
mas certamente você deverá vislumbrar um casamento para o seu
namoro, ou futuro namoro. Se você não tiver um destino, e aqui o
destino é o casamento, você permanecerá na estrada pra sempre,
andando sem rumo, dando voltas e voltas em torno de você mesmo, e de
quem acompanha na viagem. É uma caminhada perdida, pois não tem
destino, não tem chegada. Parece difícil não é? Começar um
namoro já pensando no casamento? Veja bem, PENSANDO!!! Não é
preparando e organizando o casamento, isso vem depois, bem depois de
um tempo de caminhada e conhecimento. Mas é preciso sim, que a
pessoa que vai lhe acompanhar pela estrada seja adequada pra você
pensar em casamento. E como escolher? Bom, para isso a palavra de
Deus tem algumas regras, que podemos dizer, são excludentes, ou
sejam servem para você excluir ou eleger possíveis candidatos(as).
A primeira delas está em II Cor 6:14 – Não vos ponhais em jugo
desigual. A Palavra nos orienta, neste versículo e nos seguintes, a
não nos comprometermos a alguém que não tem as mesmas crenças,
que não professa a mesma fé. Um relacionamento que se inicia com
duas pessoas que têm crenças diferentes, tende a acontecer a mesma
coisa que o exemplo citado, se dois animais diferentes, por exemplo
um boi e um cavalo, forem colocado em um jugo para puxarem uma
carroça, não vai dar nada certo, enquanto a natureza do boi o faz
andar devagar o cavalo quer correr, imagine a cena, será uma
confusão, carroça virando, boi e cavalo no chão, ou seja, não dá
certo. Se o seu pretendente está em jugo desigual a Palavra diz que
você não deve colocar-se com ele. Outra regra que é excludente é
se o seu(sua) futuro(a) namorado(a) for casado, a para isso existem
inúmeros textos que tratam acerca do adultério, alguns exemplos
são: Ex 20:14 – Não adulterarás; e Mc 10:11-12 - Todo
aquele que se divorciar de sua mulher e se casar com outra mulher,
estará cometendo adultério contra ela. E, se ela se divorciar de
seu marido e se casar com outro homem, estará cometendo adultério.
Lembrando que há uma única condição em que o divórcio é
permitido, quando ocorre adultério por meio relação sexual, o que
em Mt 5:32, Jesus chama de imoralidade sexual. Mas cuidado com isso!
Em Pv 6:32 está escrito: - Mas o homem que comete adultério não
tem juízo; todo aquele que assim procede a si mesmo se destrói. Ou
seja, é casado ou tem dúvida da condição do pretendente, fique
atento, é melhor deixar que trazer ainda mais problema pra si mesmo.
Bem, além destas regras excludentes que a Palavra traz, você também
pode determinar as suas próprias regras. Por exemplo, você pode
determinar que alguém ladrão ou assassino não serve para ser seu
namorado e propenso marido! É exagerado, mas é por aí mesmo, tenha
padrões e siga-os, com certeza o Espírito Santo vai mostrar-lhe
como deve ser uma pessoa adequada para compartilhar com você esta
viagem.
Existem
ainda as regras “de gosto”, ou seja, são características
estritamente relativas às suas preferências pessoais. Estabeleça
isso também, ficará cada vez mais fácil fugir, por exemplo, do
desespero. Preferências podem ser tipo físico, humor, condição
financeira (não interesse financeiro, mas estabilidade financeira!).
Seja também disposto a desenvolver características que possam ser
atrativas a seus(suas) candidatos(as) a namorado(a).
Agora
que já temos o início da estrada, temos parâmetro para escolher a
companhia e sabemos aonde queremos chegar podemos, finalmente começar
a viagem. Reflita sobre o que foi falado até aqui e no próximo post
conversamos mais.
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